Para os especialistas, a união do tubarão-de-ponta-negra australiano (Carcharhinus tilstoni) com o ponta-negra comum (Carcharhinus limbatus) ao redor do globo criou descendentes nunca observados no mundo dos tubarões em qualquer outra parte das águas terrestres.
Eles acreditam que a descoberta seja importante pois nunca antes
tubarões híbridos haviam sido detectados. Para Colin Simpfendorfer, um
dos integrantes do grupo de pesquisa responsável pelo achado, a nova
espécie híbrida já possui 57 indivíduos e gerações diferentes.
O tubarão-de-ponta-negra australiano costuma ser um pouco menor que o
ponta-negra comum e só sobrevive em águas tropicais. Já os exemplares da
espécie híbrida foram achados em lugares mais gelados, a até 2.000
quilômetros de distância da costa leste do país.
Essa adaptação a águas mais frias pode ser uma resposta à mudança de
temperatura nos oceanos por conta do aquecimento global. A pesca humana
também é outro fator levado em consideração pelos especialistas
australianos como uma dos motivos para o surgimento da espécie.
Segundo Simpfendorfer, os híbridos são ligeiramente mais resistentes
que as espécies de onde foram originados. Uma análise detalha por
mapeamento genético será conduzida para descobrir se a criação dos
híbridos é parte de um processo antigo entre tubarões ou um fenômeno
novo.
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